sinfonias de luar...

a música é muito mais que um mero conjunto de palavras mais ou menos harmoniosas, que se revelam no desenrolar da sonoridade das notas musicais, que um dia alguém criou. a música é uma arte capaz de expressar o que vai na alma do artista no momento da sua criação, e que entra nos nossos ouvidos muitas vezes pra não mais sair. a música é uma forma de expressão, de liberdade e de sentimentos que vive ao sabor do nosso estado de espírito. a musica é tão só e simplesmente, o mais maravilhoso distúrbio sonoro que existe.


 sinfonia nº 3

O peso da rotina nunca nos larga. diria até que, de certa forma, nos acomodamos, habitua-mo-nos  a deixar que as coisas permaneçam exactamente como sempre foram. Não que não tenhamos vontade de mudar, mas apenas porque sabemos que as mudanças podem ser difíceis e não serem assim tão favoráveis. Por outras palavras, somos assombrados pelo medo de falhar e de nos arrependermos de ter lutado por conquistar tais mudanças. Preferimos permanecer imóveis e deixar que as coisas aconteçam por si só, o que raramente acontece. Mas certas mudanças são inevitáveis, precisamos delas pra nos sentirmos vivos. faz parte do crescimento: lutar, tropeçar, cair, chorar...mas depois de lamber as feridas há que ter a coragem de levantar a cabeça, erguer-se, fixar o horizonte e seguir o caminho. como um dia alguém disse: " o caminho se faz caminhando" e nada vais mudar isso. o nosso caminho ninguém o faz por nós, cada um carrega o seu fardo ao longo da vida e não pode deixa-lo para trás só porque este é demasiado pesado ou só porque o caminho é demasiado longo... ninguém disse que viver era fácil... são as adversidades da vida que tornam o caminho interessante. se fosse fácil não saberíamos o quão gratificante é a sensação de lutar por um ideal, e conseguir alcança-lo!  mas pra chegarmos a bom porto necessitamos de nunca perder certas companheiras de viagem, são elas a coragem, a paciência, a fé e a força!  Coragem para lutar, Paciência para entender, Fé para confiar, Força pra nunca desistir... além disso.. a vida por si só é uma constante mudança... medos impedem-nos de sonhar... e sonhos encorajam a vida! sejamos nós próprios a mudança que esperamos ver no mundo..




sinfonia nº 2

a cada dia somos inundados de estados de espírito diferentes, nos corações onde hoje mora a alegria, amanha pode reinar a saudade, ou a tristeza. a musica que ouvimos faz transparecer a nossa personalidade e as emoções do momento e por isso as nossas playlist diárias mudam ao sabor dos nossos altos e baixos. justamente por estar com um misto de sentimentos que ainda não consegui decifrar, diria que me sinto um tanto ao quanto melancólica, com uma certa nostalgia, e diria até saudade de algo que ainda não aconteceu, se é que isso é possível. em fim, nem sempre conseguimos interpretar os sinais da nossa alma e por isso mesmo a música que deixo ficar por aqui hoje só podia revelar isso mesmo... alguma nostalgia, uma certa confusão de sentimentos e uma certa saudade de algo que um dia se torne real.


 


 sinfonia nº 1

pois bem... lá fora está a chover e é tempo pra mais uma partilha sonora desta vez "regada" , não pela chuva mas, pelas minhas "lágrimas". e as ditas "lágrimas" estão entre aspas por uma simples razão... por serem apenas vontade e não realidade. sim! há dias em que por maior que seja a vontade de fazê-las rolar como rios escorrendo dos nossos olhos, elas teimam em não sair. acontece quanto não estamos tão só e apenas tristes mas também um pouco, não diria resignados mas, frustrados com os acontecimentos. é triste ver as nossas expectativas virarem fumaça. é triste descobrir que por mais que se tente não se alcança... é triste saber que aquilo que mais ambicionamos nunca nos pertencerá. contudo, existe sempre uma réstia de esperança que teima em por as manguinhas de fora e dizer: "não desistas! eu estou aqui!". é essa escassa esperança que nos faz enxugar as "lágrimas", "lamber" as feridas, erguer a cabeça e seguir em frente, rumo à próxima meta. mas seguir caminho de coração partido não é fácil, deixa-nos ora demasiado vulneráveis, ora demasiado duros com aqueles que eventualmente se vierem a cruzar connosco. remendar um coração em pedaços leva tempo ... é necessária muita paciência e compreensão.  no fundo gostamos de fazer-nos fortes, de mostrar-nos inquebráveis, para que ninguém tenha "pena" de  nós. e quando agimos assim, os outros pensam que aguentamos tudo, que suportamos bem a dor, que temos coração de pedra, que podemos carregar o mundo nos ombros e não é bem assim. na realidade somos pessoas frágeis, aguentamos tudo até certo ponto... mas quando nos vamos abaixo é duro voltar a erguer a cabeça, até porque temos de admitir as nossas fraquezas perante os outros, mas não há outra alternativa. há que por o orgulho de lado e tratar de não perder a fé em nós próprios, há que procurar um ombro amigo pra ajudar a carregar os nossos fardos. é nessas alturas que descobrimos quem são os verdadeiros amigos. os que se mostrarem demasiado ocupados pra nos ouvir não merecem nossas lágrimas. os que realmente se importam connosco sabem ler o nosso olhar, sabem quando atrás do nosso sorriso se escondem as nuvens, oferece seus ombros e seus ouvidos sem que seja necessário implorar pela sua atenção. .. sei o que vão pensar:" já não se fazem amigos assim!"  é verdade, amizades assim são raras porque neste mundo somos todos egoístas, o nosso umbigo é o centro do mundo, a cumplicidade entre as pessoas sumiu, a confiança mutua já não existe mais. agora confia-se desconfiando, agora partilham-se supostos "segredos" cuja vontade é mesmo que se saibam, agora amizade  é um factor dependente da necessidade momentânea e não um motivo de alegria e felicidade. a maioria das pessoas quando se aproxima de nós já vem com 2as e 3as intenções, e quando se esgotam, deixa de existir motivo de aproximação. as pessoas já não sabem mais cultivar amizades, estender a mão sem pensar no que receberão em troca, oferecer atenção e disponibilidade. e eu pergunto: haverá recompensa maior do que "pagar" amizade com amizade? é disto que o mundo precisa. que olhemos uns para os outros de forma sincera e altruísta e que tenhamos prazer em oferecer aquilo que temos de melhor... uma mão pra dar, um carinho pra consolar, um ouvido pra escutar, um ombro pra chorar, um sorriso pra cativar e um coração pra morar.        


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